Amando um Roqueiro – XXIX

Amando um Roqueiro – XXIX

Após me mudar de vez para o apartamento de George ja de férias, fui visitar minha mãe que recebeu meu namorado de braços abertos. Mostrei a cidade a pequena cidade onde nasci e fui criado ao meu namorado jantamos um delicioso jantar preparado por minha mãe e a noite ao dormir nos braços de meu namorado sonho com meu pai onde conversamos e nos perdoamos. 

Abri meus braços para abraçar meu pai e uma forte luz nos envolveu. Uma luz que vibrava amor, perdão, carinho.

Acordei no peito de meu namorado que fazia cafuné em meus cabelos carinhosamente chamando por meu nome com uma voz branda e baixa.

_ O que foi meu amor está chorando? O que aconteceu?

_ Sonhei com meu pai.

_ Outro pesadelo meu amor?

Perguntou George secando gentilmente as lágrimas que rolavam de meus olhos.

_ Não dessa vez foi bom, nós perdoamos, fizemos as pazes.

_ Quem bom meu amor e porque as lágrimas?

_ São de alegria, de emoção pela situação.

_ Ha sim, quando meu pai e eu nos reconciliamos nós abraçamos e choramos muito no consultório. Fico feliz por vocês mesmo que tenha acontecido desta forma.

_ Esta com fome?

_ Morrendo, mas antes…

George me puxou mais pra cima de seu corpo me beijou e ja foi enfiando a mão em meu calção alisando minha bunda.

_ Ei, o que pensa que esta fazendo?

_ Ue?

_ Estamos na casa da minha mãe!

_ Pode ser impressão minha, mas eu acho que ela ja sabe o que fazemos juntos.

_ George…

De repente batidas na porta e minha mãe grita do outro lado da porta:

_ Meninos o café da manhã ja esta servido, aproveitem enquanto está quentinho!

Quase morro do coração ao ouvir a voz da minha mãe. Abaixo a cabeça no peito de George que começa a rir abafando o som com sua mão. Depois de uma higiene matinal no banheiro um pouco sem graça vamos para a cozinha tomar café. Tomamos o café da manhã e depois ja coloquei os utensílios na pia para lavar quando eu ia começar minha mãe me disse. 

_ Não meu filho pode deixar, depois eu lavo.

_ Que isso mãe estou acostumado.

_ Imagina que meu filho depois de tanto tempo sem vir aqui ja vai chegar lavando a louça.

_ Mãe deixa de bobeira, não sou nenhuma visita não, sou seu filho, sou de casa.

_ Ok, mas então lava ali na varanda que a pia não está funcionando.

_ O que aconteceu?

_ O cano entupiu, eu fui desentupir acabei quebrando, por essa semana ainda chamo um encanador para consertar isso.

Diz minha mãe com sua paciência costumeira.

_ A senhora esta lavando a louça e fazendo tudo na varanda em vez de usar a pia da cozinha, por conta deste cano quebrado?

Pergunta George ja preocupado.

_ Isso não, é nada, não se preocupe. Eu vou conversar com o Seu Antônio que é encanador...

_ Não Dona Eularia isso eu mesmo faço deixa eu dar uma olhada.

George ja se levanta da mesa se agaixa para olhar debaixo da pia e diz:

_ Se a senhora permitir eu troco o cano rapidinho, a senhora tem um pedaço de cano ai?

Minha mãe olha para mim da um sorrisinho então diz:

_ Então ta, pode arrumar. Não, tem ferramentas que eram do meu marido, mas cano não tem.

_ Tem alguma casa de materiais de construção por aqui?

_ Eu levo você la George.

Digo a meu namorado.

_ Ha Dona Eularia ja vou aproveitar e comprar uma buchinha para o registro do banheiro que esta deslizando, por isso não esta dando aperto.

_ Ho meu filho aquilo ja esta daquele jeito a anos.

Diz minha mãe ja chamando George de filho.

_ Mãe tem mais alguma coisa que precisa dar manutenção? Aproveita que meu namorado esta aqui que ele ja faz, ele é ótimo com este tipo de coisa.

_ Na verdade…

Minha mãe falou o que precisava de concerto na casa e depois de uma verificação George fez uma lista para não precisar ficar indo e voltando para comprar os materiais. Ver meu namorado ali sem camisa arrumando o cano embaixo da pia da minha mãe, consertando a tomada, trocando a lâmpada me dava uma imagem tão máscula, tão sexy dele e ainda ver seu sorriso para mim me fazia rir feito um bobo sem perceber, mas não passou despercebido por minha mãe. Que para ao meu lado enquanto estou encostado no batente da porta olhando George trabalhar.

_ Parece feliz.

_ Estou mãe.

_ Ele parece ser um bom rapaz, gostei dele.

_ Sim, ele é.Trabalhador, esforçado, ótimo aluno sabia? Fai se tornar um excelente dentista.

_ Bom se nada der certo pelo menos como marido de aluguel ele ja tem emprego garantido.

_ kkk e não so isso faz drinks maravilhosos.

_ Edu… Calma mãe eu estou me controlando, Ele sabe e me ajuda com isso também, não que eu precise.

_ Que bom, fico mais tranquila. Ele parece gostar muito de você também.

_ Sim ele gosta.

_ E quanto ao… você sabe… Davi.

_ Não era pra ser, ele não gosta de mim dessa maneira.

_ E você? Ainda gosta dele?

_ Gosto, mas não como antes. Eu não o amo mais como homem agora meu sentimento por ele é o que sempre deveria ter sido, um amor de irmão.

_ Fico feliz em saber. O Davi é um bom garoto, mas… é meio desmiolado ne?

_ kkk é, é sim, mas vamos parar de falar nele porque o seu genro ali é muito ciumento.

_ Hummm o que vocês estão cochichando ai hem? é sobre mim?

Pergunta George se aproximando me abraçando erguendo no alto e me dando um beijo.

_ George! 

o repreendo dando um tapinha nele.

_ Ta vendo como ele me trata?

_ Não faz isso Edu! Não vou deixar você maltratar meu genro preferido.

_ Ja é seu genro preferido é?

Pergunto sorrindo.

_ E único espero!

Diz George.

_ Bobo!

Digo dando um tapinha em George.

_ Estávamos definindo o cardápio do almoço. Gosta de fricassê de frango meu genro?

_ Amo minha sogra!

_ Então vai tomar seu banho que logo o almoço estará pronto.

_ Nossa que amor vocês dois, vou ficar com ciúmes! Kkkk

George me abraçou me deu um beijo e foi para o banho. Durante o almoço...

_ Então a senhora gostava da música Eduardo e Mônica? Foi por isso o nome do meu amor?

_ Há meu genro, quando eu estava gravida do Eduardo eu estava praticamente viciada no “Legião” tocava o dia todo, eu não enjoava e minha preferida era Eduardo e Mônica...

Tudo parecia um sonho de tão perfeito. Minha mãe aceitando minha relação, se dando bem com George que por sua vez estava sendo um genro formidável e um namorado amável, carinhoso, prestativo ha como eu amo ele.

De volta a nossa cidade de residência George e eu começamos a organizar nossa vida em comum. Visitamos vários prédios e consultamos várias construtoras e conseguimos financiar um apartamento.

_ Uma pena que não vamos poder viajar né amor?

_ Acabamos de vir da minha mãe.

_ Estou falando de viagem de verdade, de férias para curtir, passear, namorar em outros cenários.

Disse George me beijando.

_ Você ainda esta trabalhando, além disso com esse financiamento será difícil e também quero sair do meu trabalho, ja quero começar o estágio ano que vem.

_ É tem isso, como vamos fazer?

_ A remuneração do estágio é pouca, mas não conseguiremos trabalhar, estudar e fazer o estágio.

_ Vamos dar um jeito, vamos pensar em alguma coisa.

Estávamos em pé nos pés da cama beijei George e o empurrei na cama, meu namorado “caiu” deitado de barriga para cima na cama e eu subi por cima dele.

_ Hummm parece que alguém esta excitado!

Diz George.

_ Estou cheio de tesão so de lembrar de você la na casa da minha mãe todo másculo concertando as coisas.

_ Nossa, fetiche?

_ Não sei se diria fetiche, mas te ver daquela forma me dava muita vontade de ir la e te agarrar e sair trepando com você pela casa toda.

_ Hummmm que delicia, já que não pudemos fazer la...

George me beijou rolou comigo na cama se levantou tirou toda a sua roupa eu tirei a minha ele me pegou, eu o lacei com meus braços em seu pescoço e minhas pernas em volta de sua cintura ele foi me levando em cada canto de nosso apartamento e em cada lugar transavamos em uma posição diferente, um pouquinho de cada.

    Os dias que se sucederam foram maravilhosos! De ferias da faculdade dormia ate tarde e acordava nos braços do meu amor, transamos muito, coloquei minhas series em dia e ate começamos a nos exercitar.

Vez ou outra eu ia no ap. de Davi que realmente arrumou um novo colega de apartamento apelidado de caveira, por ter tatuado uma caveira no rosto e que Dona Zélia, a vizinha, não estava nada contente com o novo morador fazendo o sinal da cruz toda vez que o encontrava. Davi por sua vez parecia feliz, afinal seu novo amigo não pegava em seu pé como eu fazia, o apartamento parecia uma zona com roupas espalhadas, copos, pratos e restos de comida por todos os lados eu brigava e mandava Davi organizar no começo, mas aos poucos fui deixando afinal eu não morava mais la. Cada semana eu ia menos e aos poucos fui deixando de ir como Katia dizia fui cortando o "cordão umbilical" aos poucos.

No Natal finalmente conheci formal e pessoalmente o pai de George, foi uma ótima e deliciosa celebração onde além do pai estavam a madrasta, o irmão, Paulo que é primo com sua namorada Carina e minha mãe.

Fui muito bem recebido pela família de George que por sua vez recebeu inúmeros elogios de minha mãe.

A passagem de ano foi maravilhosa também nos reunimos em uma grande festa no PubsFacu dada por Mauricio com direito a muito Rock onde Davi e sua banda tocaram, George cantou, Paulo e o irmão de George tocaram ate eu, Katia e Carina cantamos.

_ Então essa é a grande Katia?

Pergunta Otávio irmão de George. Um galego dos olhos claros, corrente dourada no pescoço camisa social branca aberta ate o meio do peito deixando a mostra que assim como o irmão tinha o peito peludo, mas não tão cheio quanto meu ursão. Magro e mais ou menos da mesma altura que George sem muita cerimônia ja foi dando um abraço caloroso e um beijo em cada bochecha de Luci.

_ Não, eu sou a Luciana, mas pode me chamar de Luci. Grande vou ficar devendo, mas Katia é essa aqui.

Diz Luci apresentando Katia a Otávio.

_ Ops, foi mal Luci prazer, Otávio.

Otávio foi para abraçar Katia, mas ela ja espalmou a mão e a esticando os braços e balançando os dedinhos.

_ Entendi, prazer Kátia. Parece que você não esta muito legal o que foi? Chateada? Brigou com o namorado?

Um climinha estranho subiu umas entre olhadas.

_ Não, coisa de mulher mesmo.

Respondeu Katia com cara de poucos amigos.

_ Liga não Otávio ela é azeda assim mesmo!

Diz Carina.

_ Não provoca!

Sussurra Paulo no ouvido de Carina.

_ Quer saber...

Diz Katia batendo a mão no balcão e descendo  do banquinho que ela estava. Mas é contida por Luci.

_ Calma amiga, segura seu momento.

_ Mas e você Otávio? Veio sozinho, sua namorada não pode vir?

_ Na verdade estou solteiro ja a algum tempo, desde que terminei a faculdade de direito estou focado em passar na OAB ela não entendeu muito bem a relação esfriou...

_ Apareceu o Marcão...

Completou Paulo.

_ É... Tem esse pequeno detalhe também.

_ Pequeno? Um e oitenta e cinco de altura não é tão pequeno pra mim kkk

Diz Paulo fazendo quase todos rir menos Katia.

_ Mas é um piadista este meu primo hem?

_ Serio levei um baita chifre, mas devo admitir que a culpa foi minha é aquele ditado "Quem não da assistência assiste!"

_ Ha não sei, não vou julgar porque não conheço ela,  você e nem a historia de vocês, mas talvez faltou um pouco de companheirismo, ela podia ser sua incentivadora sei la, mas talvez vocês não estivessem na mesma vibe.

_ É o que eu acho também.

Disse Otavio se aproximando de Luci ficando a alguns centímetros dela intercalando seus olhares entre a boca e os olhos de minha amiga.

_ Bom embora você esteja ocupado por agora se quiser meu numero, quem sabe você precise de uma odontóloga.

_ Com certeza, nada melhor que um belo sorriso para convencer alguém.

O clima entre os dois ja dizia que dali surgiria algo mais que uma bela amizade, enquanto os dois flertavam puxei Katia para um canto.

_ O que foi amiga? Em pleno reveillon você deslumbrante com este vestido branco vai ficar com essa cara amarrada dando patada em todo mundo? Pensei que tinha superado.

_ Ha migo uma coisa é superar longe outra coisa é ter que superar vendo aquilo ali.

Diz Katia virando de uma vez a metade de champanhe que ainda estava na sua taça, me viro e vejo Paulo e Carina acariciando o rosto um do outro e se beijando.

_ Amiga vem, ca vem!

Digo abraçando Katia.

_ Sei que palavra nenhuma que eu diga vai tirar esse aperto que esta sentindo ai dentro desse peito, mas te garanto, vai passar e em breve você vai encontrar alguém especial.

_ Deus te ouça amigo!

_ Vem vamos voltar, levanta essa cabeça, respira fundo, um, dois, três!

Quando chegamos na mesa Paulo recebe uma mensagem diz algo no ouvido de Carina que sorri e sai pedindo para que o aguardássemos e minutos depois volta com uma mulata, alta, vestida com um macaquinho vermelho e com uma trança no cabelo ate as costas linda. Katia ficou hipnotizada logo ao ver os dois se aproximando.

_ Katia essa é minha prima Nagila, formada em Educação física, independente, ama zumba, axé, pagode musica em geral...

Paulo aproxima a boca no ouvido de Katia e sussurra - Lesbica ...

E continua com a voz normal girando sua prima.

_ Linda, belíssima, solteira e não é por ser minha prima não hem, mas gente boa pra caralho!

Nagila e Katia começam a conversar e entre um drink e outro muitos sorrisos sinal que a conversa estava rendendo.

_ O que você acha Edu?

Me pergunta Carina.

_ Parece que se deram bem.

Respondo.

_ Acha que tem alguma chance de rolar algo?

_ Olha Carina bonita ela é, pelo curriculo exposto pelo seu namorado parece ser uma pessoa maravilhosa, mas o amor não é matemática né? Então só o tempo para dizer.

_ Tomara que de certo, a Katia é alguém muito especial e por mais que tínhamos nossas brigas e discussões eu gosto muito dela, ela é uma grande amiga e sinto falta da nossa amizade.

_ Ela ainda esta um pouco magoada, ferida.

_ Eu sei.

Abraço Carina que chora em meu abraço, Paulo vem e nós abraça.

_ Ha eu também quero diz George vindo e nós abraçando nisso Davi, Mauricio e logo estava um verdadeiro abraço em grupo.

A contagem regressiva começou, logo o estouro da champanhe anuncia a chegada de mais um ano, beijo George, Carina beija Paulo, Luci beija Otávio, Katia beija Nagila, Serguei beija Sabrina, Davi beija umas três garotas e a partir dai muitas trocas de abraços e desejos de felicidade, bom ano, prosperidade, saúde e paz.

 

Continua...

 

Autor: Mrpr2




 

Após me mudar de vez para o apartamento de George ja de férias, fui visitar minha mãe que recebeu meu namorado de braços abertos. Mostrei a cidade a pequena cidade onde nasci e fui criado ao meu namorado jantamos um delicioso jantar preparado por minha mãe e a noite ao dormir nos braços de meu namorado sonho com meu pai onde conversamos e nos perdoamos. 

Abri meus braços para abraçar meu pai e uma forte luz nos envolveu. Uma luz que vibrava amor, perdão, carinho.

Acordei no peito de meu namorado que fazia cafuné em meus cabelos carinhosamente chamando por meu nome com uma voz branda e baixa.

_ O que foi meu amor está chorando? O que aconteceu?

_ Sonhei com meu pai.

_ Outro pesadelo meu amor?

Perguntou George secando gentilmente as lágrimas que rolavam de meus olhos.

_ Não dessa vez foi bom, nós perdoamos, fizemos as pazes.

_ Quem bom meu amor e porque as lágrimas?

_ São de alegria, de emoção pela situação.

_ Ha sim, quando meu pai e eu nos reconciliamos nós abraçamos e choramos muito no consultório. Fico feliz por vocês mesmo que tenha acontecido desta forma.

_ Esta com fome?

_ Morrendo, mas antes…

George me puxou mais pra cima de seu corpo me beijou e ja foi enfiando a mão em meu calção alisando minha bunda.

_ Ei, o que pensa que esta fazendo?

_ Ue?

_ Estamos na casa da minha mãe!

_ Pode ser impressão minha, mas eu acho que ela ja sabe o que fazemos juntos.

_ George…

De repente batidas na porta e minha mãe grita do outro lado da porta:

_ Meninos o café da manhã ja esta servido, aproveitem enquanto está quentinho!

Quase morro do coração ao ouvir a voz da minha mãe. Abaixo a cabeça no peito de George que começa a rir abafando o som com sua mão. Depois de uma higiene matinal no banheiro um pouco sem graça vamos para a cozinha tomar café. Tomamos o café da manhã e depois ja coloquei os utensílios na pia para lavar quando eu ia começar minha mãe me disse. 

_ Não meu filho pode deixar, depois eu lavo.

_ Que isso mãe estou acostumado.

_ Imagina que meu filho depois de tanto tempo sem vir aqui ja vai chegar lavando a louça.

_ Mãe deixa de bobeira, não sou nenhuma visita não, sou seu filho, sou de casa.

_ Ok, mas então lava ali na varanda que a pia não está funcionando.

_ O que aconteceu?

_ O cano entupiu, eu fui desentupir acabei quebrando, por essa semana ainda chamo um encanador para consertar isso.

Diz minha mãe com sua paciência costumeira.

_ A senhora esta lavando a louça e fazendo tudo na varanda em vez de usar a pia da cozinha, por conta deste cano quebrado?

Pergunta George ja preocupado.

_ Isso não, é nada, não se preocupe. Eu vou conversar com o Seu Antônio que é encanador...

_ Não Dona Eularia isso eu mesmo faço deixa eu dar uma olhada.

George ja se levanta da mesa se agaixa para olhar debaixo da pia e diz:

_ Se a senhora permitir eu troco o cano rapidinho, a senhora tem um pedaço de cano ai?

Minha mãe olha para mim da um sorrisinho então diz:

_ Então ta, pode arrumar. Não, tem ferramentas que eram do meu marido, mas cano não tem.

_ Tem alguma casa de materiais de construção por aqui?

_ Eu levo você la George.

Digo a meu namorado.

_ Ha Dona Eularia ja vou aproveitar e comprar uma buchinha para o registro do banheiro que esta deslizando, por isso não esta dando aperto.

_ Ho meu filho aquilo ja esta daquele jeito a anos.

Diz minha mãe ja chamando George de filho.

_ Mãe tem mais alguma coisa que precisa dar manutenção? Aproveita que meu namorado esta aqui que ele ja faz, ele é ótimo com este tipo de coisa.

_ Na verdade…

Minha mãe falou o que precisava de concerto na casa e depois de uma verificação George fez uma lista para não precisar ficar indo e voltando para comprar os materiais. Ver meu namorado ali sem camisa arrumando o cano embaixo da pia da minha mãe, consertando a tomada, trocando a lâmpada me dava uma imagem tão máscula, tão sexy dele e ainda ver seu sorriso para mim me fazia rir feito um bobo sem perceber, mas não passou despercebido por minha mãe. Que para ao meu lado enquanto estou encostado no batente da porta olhando George trabalhar.

_ Parece feliz.

_ Estou mãe.

_ Ele parece ser um bom rapaz, gostei dele.

_ Sim, ele é.Trabalhador, esforçado, ótimo aluno sabia? Fai se tornar um excelente dentista.

_ Bom se nada der certo pelo menos como marido de aluguel ele ja tem emprego garantido.

_ kkk e não so isso faz drinks maravilhosos.

_ Edu… Calma mãe eu estou me controlando, Ele sabe e me ajuda com isso também, não que eu precise.

_ Que bom, fico mais tranquila. Ele parece gostar muito de você também.

_ Sim ele gosta.

_ E quanto ao… você sabe… Davi.

_ Não era pra ser, ele não gosta de mim dessa maneira.

_ E você? Ainda gosta dele?

_ Gosto, mas não como antes. Eu não o amo mais como homem agora meu sentimento por ele é o que sempre deveria ter sido, um amor de irmão.

_ Fico feliz em saber. O Davi é um bom garoto, mas… é meio desmiolado ne?

_ kkk é, é sim, mas vamos parar de falar nele porque o seu genro ali é muito ciumento.

_ Hummm o que vocês estão cochichando ai hem? é sobre mim?

Pergunta George se aproximando me abraçando erguendo no alto e me dando um beijo.

_ George! 

o repreendo dando um tapinha nele.

_ Ta vendo como ele me trata?

_ Não faz isso Edu! Não vou deixar você maltratar meu genro preferido.

_ Ja é seu genro preferido é?

Pergunto sorrindo.

_ E único espero!

Diz George.

_ Bobo!

Digo dando um tapinha em George.

_ Estávamos definindo o cardápio do almoço. Gosta de fricassê de frango meu genro?

_ Amo minha sogra!

_ Então vai tomar seu banho que logo o almoço estará pronto.

_ Nossa que amor vocês dois, vou ficar com ciúmes! Kkkk

George me abraçou me deu um beijo e foi para o banho. Durante o almoço...

_ Então a senhora gostava da música Eduardo e Mônica? Foi por isso o nome do meu amor?

_ Há meu genro, quando eu estava gravida do Eduardo eu estava praticamente viciada no “Legião” tocava o dia todo, eu não enjoava e minha preferida era Eduardo e Mônica...

Tudo parecia um sonho de tão perfeito. Minha mãe aceitando minha relação, se dando bem com George que por sua vez estava sendo um genro formidável e um namorado amável, carinhoso, prestativo ha como eu amo ele.

De volta a nossa cidade de residência George e eu começamos a organizar nossa vida em comum. Visitamos vários prédios e consultamos várias construtoras e conseguimos financiar um apartamento.

_ Uma pena que não vamos poder viajar né amor?

_ Acabamos de vir da minha mãe.

_ Estou falando de viagem de verdade, de férias para curtir, passear, namorar em outros cenários.

Disse George me beijando.

_ Você ainda esta trabalhando, além disso com esse financiamento será difícil e também quero sair do meu trabalho, ja quero começar o estágio ano que vem.

_ É tem isso, como vamos fazer?

_ A remuneração do estágio é pouca, mas não conseguiremos trabalhar, estudar e fazer o estágio.

_ Vamos dar um jeito, vamos pensar em alguma coisa.

Estávamos em pé nos pés da cama beijei George e o empurrei na cama, meu namorado “caiu” deitado de barriga para cima na cama e eu subi por cima dele.

_ Hummm parece que alguém esta excitado!

Diz George.

_ Estou cheio de tesão so de lembrar de você la na casa da minha mãe todo másculo concertando as coisas.

_ Nossa, fetiche?

_ Não sei se diria fetiche, mas te ver daquela forma me dava muita vontade de ir la e te agarrar e sair trepando com você pela casa toda.

_ Hummmm que delicia, já que não pudemos fazer la...

George me beijou rolou comigo na cama se levantou tirou toda a sua roupa eu tirei a minha ele me pegou, eu o lacei com meus braços em seu pescoço e minhas pernas em volta de sua cintura ele foi me levando em cada canto de nosso apartamento e em cada lugar transavamos em uma posição diferente, um pouquinho de cada.

    Os dias que se sucederam foram maravilhosos! De ferias da faculdade dormia ate tarde e acordava nos braços do meu amor, transamos muito, coloquei minhas series em dia e ate começamos a nos exercitar.

Vez ou outra eu ia no ap. de Davi que realmente arrumou um novo colega de apartamento apelidado de caveira, por ter tatuado uma caveira no rosto e que Dona Zélia, a vizinha, não estava nada contente com o novo morador fazendo o sinal da cruz toda vez que o encontrava. Davi por sua vez parecia feliz, afinal seu novo amigo não pegava em seu pé como eu fazia, o apartamento parecia uma zona com roupas espalhadas, copos, pratos e restos de comida por todos os lados eu brigava e mandava Davi organizar no começo, mas aos poucos fui deixando afinal eu não morava mais la. Cada semana eu ia menos e aos poucos fui deixando de ir como Katia dizia fui cortando o "cordão umbilical" aos poucos.

No Natal finalmente conheci formal e pessoalmente o pai de George, foi uma ótima e deliciosa celebração onde além do pai estavam a madrasta, o irmão, Paulo que é primo com sua namorada Carina e minha mãe.

Fui muito bem recebido pela família de George que por sua vez recebeu inúmeros elogios de minha mãe.

A passagem de ano foi maravilhosa também nos reunimos em uma grande festa no PubsFacu dada por Mauricio com direito a muito Rock onde Davi e sua banda tocaram, George cantou, Paulo e o irmão de George tocaram ate eu, Katia e Carina cantamos.

_ Então essa é a grande Katia?

Pergunta Otávio irmão de George. Um galego dos olhos claros, corrente dourada no pescoço camisa social branca aberta ate o meio do peito deixando a mostra que assim como o irmão tinha o peito peludo, mas não tão cheio quanto meu ursão. Magro e mais ou menos da mesma altura que George sem muita cerimônia ja foi dando um abraço caloroso e um beijo em cada bochecha de Luci.

_ Não, eu sou a Luciana, mas pode me chamar de Luci. Grande vou ficar devendo, mas Katia é essa aqui.

Diz Luci apresentando Katia a Otávio.

_ Ops, foi mal Luci prazer, Otávio.

Otávio foi para abraçar Katia, mas ela ja espalmou a mão e a esticando os braços e balançando os dedinhos.

_ Entendi, prazer Kátia. Parece que você não esta muito legal o que foi? Chateada? Brigou com o namorado?

Um climinha estranho subiu umas entre olhadas.

_ Não, coisa de mulher mesmo.

Respondeu Katia com cara de poucos amigos.

_ Liga não Otávio ela é azeda assim mesmo!

Diz Carina.

_ Não provoca!

Sussurra Paulo no ouvido de Carina.

_ Quer saber...

Diz Katia batendo a mão no balcão e descendo  do banquinho que ela estava. Mas é contida por Luci.

_ Calma amiga, segura seu momento.

_ Mas e você Otávio? Veio sozinho, sua namorada não pode vir?

_ Na verdade estou solteiro ja a algum tempo, desde que terminei a faculdade de direito estou focado em passar na OAB ela não entendeu muito bem a relação esfriou...

_ Apareceu o Marcão...

Completou Paulo.

_ É... Tem esse pequeno detalhe também.

_ Pequeno? Um e oitenta e cinco de altura não é tão pequeno pra mim kkk

Diz Paulo fazendo quase todos rir menos Katia.

_ Mas é um piadista este meu primo hem?

_ Serio levei um baita chifre, mas devo admitir que a culpa foi minha é aquele ditado "Quem não da assistência assiste!"

_ Ha não sei, não vou julgar porque não conheço ela,  você e nem a historia de vocês, mas talvez faltou um pouco de companheirismo, ela podia ser sua incentivadora sei la, mas talvez vocês não estivessem na mesma vibe.

_ É o que eu acho também.

Disse Otavio se aproximando de Luci ficando a alguns centímetros dela intercalando seus olhares entre a boca e os olhos de minha amiga.

_ Bom embora você esteja ocupado por agora se quiser meu numero, quem sabe você precise de uma odontóloga.

_ Com certeza, nada melhor que um belo sorriso para convencer alguém.

O clima entre os dois ja dizia que dali surgiria algo mais que uma bela amizade, enquanto os dois flertavam puxei Katia para um canto.

_ O que foi amiga? Em pleno reveillon você deslumbrante com este vestido branco vai ficar com essa cara amarrada dando patada em todo mundo? Pensei que tinha superado.

_ Ha migo uma coisa é superar longe outra coisa é ter que superar vendo aquilo ali.

Diz Katia virando de uma vez a metade de champanhe que ainda estava na sua taça, me viro e vejo Paulo e Carina acariciando o rosto um do outro e se beijando.

_ Amiga vem, ca vem!

Digo abraçando Katia.

_ Sei que palavra nenhuma que eu diga vai tirar esse aperto que esta sentindo ai dentro desse peito, mas te garanto, vai passar e em breve você vai encontrar alguém especial.

_ Deus te ouça amigo!

_ Vem vamos voltar, levanta essa cabeça, respira fundo, um, dois, três!

Quando chegamos na mesa Paulo recebe uma mensagem diz algo no ouvido de Carina que sorri e sai pedindo para que o aguardássemos e minutos depois volta com uma mulata, alta, vestida com um macaquinho vermelho e com uma trança no cabelo ate as costas linda. Katia ficou hipnotizada logo ao ver os dois se aproximando.

_ Katia essa é minha prima Nagila, formada em Educação física, independente, ama zumba, axé, pagode musica em geral...

Paulo aproxima a boca no ouvido de Katia e sussurra - Lesbica ...

E continua com a voz normal girando sua prima.

_ Linda, belíssima, solteira e não é por ser minha prima não hem, mas gente boa pra caralho!

Nagila e Katia começam a conversar e entre um drink e outro muitos sorrisos sinal que a conversa estava rendendo.

_ O que você acha Edu?

Me pergunta Carina.

_ Parece que se deram bem.

Respondo.

_ Acha que tem alguma chance de rolar algo?

_ Olha Carina bonita ela é, pelo curriculo exposto pelo seu namorado parece ser uma pessoa maravilhosa, mas o amor não é matemática né? Então só o tempo para dizer.

_ Tomara que de certo, a Katia é alguém muito especial e por mais que tínhamos nossas brigas e discussões eu gosto muito dela, ela é uma grande amiga e sinto falta da nossa amizade.

_ Ela ainda esta um pouco magoada, ferida.

_ Eu sei.

Abraço Carina que chora em meu abraço, Paulo vem e nós abraça.

_ Ha eu também quero diz George vindo e nós abraçando nisso Davi, Mauricio e logo estava um verdadeiro abraço em grupo.

A contagem regressiva começou, logo o estouro da champanhe anuncia a chegada de mais um ano, beijo George, Carina beija Paulo, Luci beija Otávio, Katia beija Nagila, Serguei beija Sabrina, Davi beija umas três garotas e a partir dai muitas trocas de abraços e desejos de felicidade, bom ano, prosperidade, saúde e paz.

 

Continua...

 

Autor: Mrpr2