Mais que bons Amigos -1-

Mais que bons Amigos -1-

Depois de um longo dia de trabalho eu estava em meu apartamento recém banhado, sem camisa vestindo apenas um short azul sem cueca assistindo um pouco de tv aguardando o entregador trazer a janta que pedi pelo aplicativo. A campainha toca, acho estranho a portaria não ter avisado que o entregador havia subido. Abro a porta e percebo que não era o entregador...

_ O que você esta fazendo aqui?

Sem me responder nada o rapaz vem em minha direção olhando fixamente em meus olhos. Aqueles belos olhos castanhos um pouco inchados e um tanto mareados revelando que não a muito tempo tinha chorado. Mesmo um tanto balançado por aquele olhar tento impedi lo, mas ele é mais forte que eu. Tento aumentar meu tom de voz, mas ele me cala com sua boca na minha uma mão em minha cintura vai me conduzindo de fasto enquanto ele força passagem entrando em meu apartamento fechando a porta com sua outra mão e a trancando.

_ Sai daqui! Eu não quero! Não quer... não...

Vou repetindo cada vez com menos determinação em minha voz enquanto aqueles lábios carnudos continuam a beijar meus lábios, meu rosto, meu pescoço e embriagado por aquele perfume, aquele hálito mentolado retribuo os beijos ainda que repetindo não querer o que claramente minha boca desmentia.

 

A alguns anos atrás...

 

Deixe me apresentar, me chamo Antônio, mas todo mundo me chama de Toni desde criança conheço Henrique que é filho dos patrões da minha mãe. Mesmo os pais de Henri terem uma empresa e uma boa condição financeira mantinham seus filhos na escola pública local e assim iniciou se uma grande amizade entre Henri e eu.

Depois da escola saiamos de bicicleta, jogávamos bola, brincávamos de pique. Quando ficamos adolescentes nossos corpos começaram a mudar e desejos aparecerem. Henri parecia cada dia mais bonito para mim e eu comecei a ter que me controlar pois as vezes eu ficava parado contemplando aquela beleza e algumas pessoas começaram a notar e claro que na escola ficavam nos zuando, pois estávamos sempre juntos.

Comecei a me incomodar com meu corpo já que eu diferente de Henri engordava cada dia mais mesmo comendo as mesmas coisas que ele.

_ O que foi não vai comer?

_ Não quero.

_ Haaaa você não quer? O que foi? O gordinho da lancheira não quer comida?

_ Viu? Justamente por isso! Estou gordo, cada dia mais gordo. Já é a terceira camisa que troco esse ano e já esta ficando apertada.

_ Deixa eu ver... é esta mesmo kkkkk!

Diz Henri pegando em minhas banhinhas rindo e me fazendo rir mesmo estando com raiva.

_ E ai Henrique, como esta este porquinho já esta no ponto para o natal? Kkk

Grita Eduardo junto com Murilo e Gabriel.

_ O que você disse?

Pergunta Henrique se levantando e fechando o punho.

_ Porco gordo!

Gritam os três.

_ Ninguém fala do meu amigo assim!

Diz Henrique se aproximando e soltando o soco em Eduardo. Começa a briga eu entro no meio logo somos cercados pelos outros alunos do colégio gritando, alguns incentivando outros pedindo para pararmos logo os professores chegam separam a briga e nos levam para a diretoria. Claro que nossos pais são chamados minha mãe briga comigo e me põe de castigo, Henrique diz aos pais que estava me defendendo e que não podia deixar aqueles garotos me tratarem daquela forma. O pai de Henrique diz orgulhoso do filho que ele está certo e que tem mesmo que defender seus amigos, ideais e ponto de vista e nos convida para uma pizzaria para comemorar, minha mãe tenta impedir dizendo que não há o que comemorar, mas a mãe de Henrique diz:

_ Garotos fico orgulhosa da amizade de vocês, sei que são bons garotos que se protegem, mas a Sueli está certa em dizer que escolheram a forma errada para isso. Violência não leva a nada a não ser mais violência.

Minha mãe acena com a cabeça para Olivia, sua patroa que acena de volta para minha mãe e continua.

_ Desta vez vamos deixar passar essa imaturidade e vamos focar na vitória da amizade, mas espero que tenham compreendido e que da próxima vez sejam mais maduros para resolverem os problemas de vocês sem o uso da violência, certo Sueli?

_ Ok tudo bem, mas se eu te pegar fazendo bagunça na escola outra vez Antônio eu....

_ Sueli... violência so gera mais violência!

Diz Olivia.

_ Sim Dona Olivia eu ia dizer que ia coloca lo de castigo.

_ Há sim isso mesmo e isto também serve para você Henrique!

Enfatiza Olivia.

Durante o jantar na pizzaria Toni pede ao pai para poder pagar uma academia, pois além de ajudar com o desenvolvimento de seu corpo segundo estudos ajuda nos estudos devido a uma melhora na oxigenação do cérebro, chegou ate a mostrar uma matéria no celular para o pai. Confesso que naquele momento fiquei impressionado com a forma como Henrique conduziu a conversa estava ate parecendo seu pai quando conversava com outro empresários. Mais impressionados fiquei quando Henrique pediu para o pai dele pagar a academia para mim também dizendo que assim ele teria um parceiro de treino além de contribuir para eu melhorar meu condicionamento físico evitando futuras chacotas. Minha mãe de pronto recusou dizendo que não tinha necessidade do seu Olavo fazer aquilo que eu controlaria meu peso com uma dieta e fazendo exercícios em casa mesmo.

Por sorte seu Olavo disse que não haveria problema algum de pagar alguns meses de academia ate porque sabia que aquilo seria apenas fogo de palha e que logo desistiríamos daquilo, minha mãe tentou contestar, mas não adiantou. Eu estava feliz e Henrique também.

Naquela noite eu não conseguia dormir estava eufórico, primeiro por poder treinar na academia e pela forma como Henrique me defendeu, ver ele tão másculo, determinado me defendendo, pedido ao pai para me pagar academia ele estava cuidando de mim. Tudo aquilo passando em minha cabeça eu via e revia a imagem de Henrique com o uniforme da escola de educação física short azul curto e camisa também azul regata deixando a mostra seus braços, suas pernas peludas fiquei excitado. Eu tentava dormir tirar aquilo da cabeça afinal era meu amigo, era homem e eu era... não consegui resistir por debaixo da coberta coloquei meu pau para fora da cueca estava duro, rígido quente queria ser tocado. Comecei a me tocar, bater uma punheta. Tirei o cobertor de cima acelerei os movimentos e cada vez que eu lembrava de Henri, de cada detalhe de seu corpo, de sua boca carnuda, sua cor morena, seu peito magro aqueles mamilos escuros gozo num prazer imensurável.

No outro dia fico um pouco envergonhado ao ver meu amigo e lembrar da punheta que eu havia batido em sua homenagem na noite anterior. Claro que ele percebe que algo esta errado afinal ele me conhece bem, mas digo que não e nada e o dia segue.

O tempo passa e um apoiando o outro seguimos anos a fio treinando meu corpo agora e esculpido e sinto orgulho do meu esforço ao me ver no espelho, Henrique nem preciso dizer que a cada dia fica mais bonito e atraente para meus olhos infelizmente não só para os meus...

_ Oi Henri esta confirmado o cinema hoje a noite?

Pergunta Graziele agarrando o pescoço de Henri toda oferecida então já digo logo.

_ Pensei que íamos terminar o trabalho de geografia hoje Henri, sabe que temos que entregar segunda feira e nem começamos.

_ Pô foi mal minha linda, tinha me esquecido desse trabalho.

_ Haaaa não pode deixar isso para outro dia? Segunda ainda esta longe.

Diz Graziele fazendo beicinho.

_ Eu que não vou estudar no fim de semana!

Digo puxando o peso fazendo o exercício.

_ Grazi se eu me lembro bem sua irmã é mais velha um ano que você certo?

_ Sim o que tem?

Será que ela não fez esse trabalho mesmo trabalho e deixou no computador? Se ela fez isso você me manda eu dou uma mudada em algumas coisas e o trabalho esta pronto dando tempo para podermos assistir ao filme que tal?

_ Vou já para casa e nem que eu mesma tenha que fazer este trabalho inteiro você logo recebe um email meu ate a noite garotão!

Diz Grazele dando um beijo na bochecha quase na boca de Henri, me descontrolo e solto o peso rápido fazendo o maior barulhão na academia todos olhão para mim e Henri já vem logo para perto perguntando o que houve e se eu tinha machucado.

_ Não foi nada, so me casei foi isso!

Saio do aparelho irritado e vou beber agua olhando de rabo de olho Graziele que continua se jogando em cima do meu... quer dizer do Henri. Chegamos na casa de Henri e encontramos com Olivia.

_ Ate que enfim te vejo em casa filho!

_ Oi mãe! Saudades voltou hoje?

Pergunta Henri abraçando sua mãe.

_ Nossa vai já para o banho você esta todo suado!

Diz Olivia se afastando do filho.

_ Sim cheguei e cheia de ideias para a empresa, foi muito produtiva a viagem e como anda as coisas por aqui? Pelo jeito a academia esta fazendo milagre olha como meu filhão esta bonito! E você também Toni, nem parece aquele gord...

_ Mãe!

_ Há deixa pra la! O importante é que estão lindos, fortes grandes... e as namoradas? Devem estar assim de garotas se jogando em vocês hem? Só tomem cuidado, usem proteção. Quero ser avó sim, mas no seu devido tempo!

_ kkk ai mãe a senhora e hilária!

Diz Henri dando um beijo na testa da mãe e me chamando.

_ Vem Toni vamos que logo a Grazi me envia o email.

Vou seguindo Henri para seu quarto quando encontramos com minha mãe.

_ Oi meu filho, o que esta fazendo aqui a essa hora?

_ Estamos chegando da academia mãe, tem um trabalho de geografia para fazermos.

_ Geografia é? Sei... Porque não fazem la de fora? Esta tão fresquinho la perto da piscina.

Pergunta minha mãe me parecendo um tanto desconfiada.

_ Tai, boa ideia Sueli piscina! Vamos so tomar um banho e já descemos.

Diz Henrique.

Então vou ate preparar um bolo para vocês.

Minha mãe segue em direção contraria, mas de repente para e pergunta.

_ Aonde você vai Toni? Não vai tomar banho?

_ Vou.

Respondo e Henrique logo responde.

Ele vai pegar o notebook para fazermos o trabalho.

_ Há sim, não demore, pois logo vou embora e seu pai deve chegar hoje de viagem.

Diz minha mãe.

Entramos no quarto de Henrique que já vai descendo o short e jogando junto com a camisa no canto do quarto ficando completamente nu, balançando o pau suado. Claro que contemplo aquele “deus grego”, mas tento disfarçar e vou pegar o notebook

_ O que esta fazendo?

_ Pegando o notebook.

Deixa isso ai e vem. Diz Henrique puxando minha mão e indo me puxando em direção ao banheiro.

_ Aonde você vai?

_ Tomar banho, vamos tomar banho primeiro depois dar um tibum na piscina e aguardar a Grazi mandar o trabalho.

_ Esta pensando que eu vou tomar banho com você?

_ Nos não fazemos isso no clube?

_ Em duxas separadas.

_ Há cara larga de bobeira, somos amigos desde a infância sempre te vi nu, não tem necessidade de você tomar banho la em baixo se pode tomar banho aqui comigo. Além disso esqueceu que la embaixo esta sem chuveiro? A agua e fria.

_ A agua da piscina também é fria.

_ Mas é diferente, vai entra logo!

_ Não, não vou tomar banho aqui com você!

_ Vai, vai sim!

Feito crianças começamos uma “lutinha”, Henrique então em um movimento rápido puxa de uma vez meu short junto com a cueca e vai me empurrando para o banheiro eu o empurro de volta saindo do banheiro e ficamos nisso ate ele me colocar dentro do banheiro me encostando na parede debaixo do chuveiro ainda desligado.

_ Chega, chega, cansei!

Digo respirando ofegante sentindo a respiração também ofegante de Henri atrás de mim bem em minha nuca e seu pau tocando minha bunda ainda meio mole. E Henri pergunta:

_ Desiste?

_ Desisto!

Respondo oferecendo menos resistência e então Henri liga o chuveiro fazendo a agua cair sobre nós e eu ainda com minha regata.

_ Porra Henri olha o que você fez! Minha regata, porra!

Me viro de frente para Henri que me ajuda a tirar minha regata rindo e ficamos um frente a frente o outro, nus eu com a cara de irritado e Henri rindo de mim com nossas rolas tocando uma na outra endurecendo, a agua caindo sobre nós, nossos olhos castanhos olhando um para o outro. Vou relaxando os músculos da face ainda fitando os olhos castanhos de Henri que vai parando de dar gargalhada, mas continuando com um sorriso lindo nos lábios enquanto olha no fundo dos meus olhos. Aquele silencio apenas o barulho da agua caindo nossos corpos tão próximos aquele cheiro de suor...

 

Continua...