_ Toc, toc!
Diz Clarisse abrindo a porta do quarto de Henri.
_ Entra ai mana.
Responde Henri la de dentro retirando um dos fones do ouvido.
_ Vai ficar o dia todo aí nesse quarto com o blecaute fechado com esse sol lindo la fora? Porque não chama o Toni e curtimos uma piscina ou a gente podia ir no aras dar uma cavalgada, ja faz um tempo que não vamos la.
_ Desculpa mana, mas não estou afim.
_ Que foi maninho, que bad é essa? Ja fazem alguns dias que você está assim. Está sentindo alguma coisa, doente? O que esta ouvindo?
Clarisse se senta na cama ao lado do irmão pega o fone de ouvido desocupado e coloca em seu ouvido.
_ Que sofrência é essa meu filho? È o Toni? Não o vejo ja tem um tempo, vocês brigaram?
Henri coloca um travesseiro no rosto e da um grito abafado.
_ Nossa! Clarisse a investigadora, é sério isso? Não estou afim de falar sobre o Toni agora.
_ Eu sabia que era alguma coisa com meu cunhadinho.
Henri da uma travesseirada em Clarisse.
_ Ei! Estou aqui preocupada com você, te ajudando e essa é a paga que recebo?
Diz Clarisse com expressão de sorriso nos lábios.
_ Não gosto quando fica com esse deboche de “cunhadinho”.
_ A relaxa Henri, acho tão bonitinho vocês dois juntos, mas conta ai, o que esta rolando, brigaram?
_ Mais ou menos, na verdade o pai do Toni que está embasando, arrumou um emprego para ele em um bar e esta embarreirando ele de sair comigo.
_ Hummmm E eu achando que quem iria ser a pedra no sapato de vocês seria o nosso pai.
_ Como assim?
_ Qual é Henrique ate parece que não conhece nosso pai. acha mesmo que ele vai aceitar numa boa vocês dois quando se assumirem?
_ Serio? Está tão na cara assim?
_ O que você diz? Do jeito doce como o Toni te olha? O jeito como você praticamente come ele com o olhar? A forma como vocês se protegem quando alguém fala mal um do outro? A forma como vocês ficam “amuados” quando estão longe um do outro ou talvez a forma como você quer se provar como macho alfa dominador todo poderoso em cima do Toni afastando todos os outros caras de perto dele?
_ Eu não faço isso.... Faço?
_ A você faz! E como faz!
_ Acha que a mãe e o pai ja perceberam?
_ Bom creio que toda mãe conhece o filho né? E tem o fato dela ser mulher então...mas acho que ela se faz de desentendida para não ter que encarar o fato e por conta do papai também e esse eu creio que ainda não percebeu ou você já estaria em um colégio interno na Groenlândia. kkkk
_ Engraçadinha!
Diz Henrique dando outra travesseirada em Clarisse (Sempre sem muita força)
_ Mas sério, vai deixar esse cara atrapalhar o romance de vocês dois?
_ Ha Clarisse eu gosto do Toni, É bom estar com ele, conversar, quando estou com ele eu posso ser eu mesmo sabe?
_ Ai que bonitinho, não pensei que você pudesse ser assim tão fofo, Henri. Mas é só isso mesmo que você sente pelo Toni? Acho que não hem...kkk Vai me dizer que não acha ele bonito? Que não fica excitado quando vê ele suando na academia puxando ferro ou todo molhadinho na piscina só de sunga hem? Hem?
Henri se ajoelha na cama e começa dar travesseiradas de leve em Clarisse que se ajoelha na cama do irmão e faz o mesmo nele começando uma “guerra de travesseiros”
_ Quem é você e o que fez com minha irmãzinha inocente?
_ Continuo sendo sua irmãzinha, apenas menos inocente kkkk Eu que te pergunto quem é você e o que fez com meu irmãozão que luta pelo que quer, que consegue tudo o que deseja. Vai ficar ai emburrado triste ou vai lutar por seu amor?
_ E se ele não sentir o mesmo por mim? Não quero perder a amizade do Toni, não vou saber lidar com isso.
Diz Henri parando com a “guerra”. Deitando na cama colocando o travesseiro sobre o rosto.
_ Qual é Henri, está na cara que o Toni te ama, como eu disse antes o jeito como ele te olha… haaaaa é tão fofinho!
_ Tem certeza?
_ Absoluta!
_ Mas vamos parar de falar de mim e falarmos um pouco de você. O que realmente aconteceu entre você e o Bruno?
_ Não quero falar sobre isso.
Diz Clarisse se levantando rapidamente da cama de Henri.
_ Nada disso, eu falei sobre mim, agora é sua vez! Desembucha!
Diz Henrique puxando a irmã para que ela se sentasse novamente na cama.
_Peguei ele me traindo.
Responde a garota.
_ Aquele pamonha que faz tudo o que você manda? D U V I D O !
_ Eu vi com meus próprios olhos ele se agarrando com aquela tal de Priscila.
_ Priscila? Qual? Não vai me dizer que…
_ Isso mesmo com aquela garota que veio passar as férias na casa da Carol.
_ Você conversou com ela?
Pergunta Henri.
_ Não!
Responde a garota com os braços cruzados fazendo bico.
_ Falou com o Bruno?
_ Terminei com ele, falaei um monte e…
Interrompe o irmão e pergunta a garota:
_ Com certeza você deve ter feito uma novela mexicana inteira, mas você ouviu o que ele tinha para dizer?
_ Eu vi Henrique! Ninguém me contou não. Eu ja cheguei empurrei ela e descasquei aquela safado, pilantra! Nunca mais quero olhar para aquela cara branca dele de novo!
_ Você sabe que a Carol é prima do Bruno ne?
_ Não me importo, não suporto aquela garota.
_ Que ótimo porque agora pelo jeito ja tem outra inimizade na família.
Diz o rapaz.
_ Não entendi, porque?
Pergunta a garota.
_ Porque a Carol, a Priscila e o Bruno são primos.
_ Hum agora faz mais sentido ainda, deve ser caso de primos.
_ O que você realmente viu Clarisse? Eles estavam se beijando, se agarrando mesmo ou era so um abraço fraternal?
Pergunta o rapaz.
_ Pra mim era…
_ Clarisse! Eu te conheço. Não deve ter acontecido nada, deveriam estar apenas se cumprimentando e você ja chegou fazendo barraco.
_ Barraco, eu???
_ Exato a senhora a rainha do drama!
_ Não acredito! Será que...não é possível, preciso confirmar isso.
Diz Clarisse andando de um lado para o outro do quarto com a mão na cintura, mordendo os lábios então depois de alguns minutos Clarisse pergunta onde está o celular do irmão e pede para que ele ligue para Bruno no viva voz e confirme a história, depois de se negar por algumas vezes a garota finalmente consegue convencer o irmão de fazer a ligação. Confirmado que tinha ocorrido apenas um mal entendido e que não tinha havido traição Clarisse sai do quarto em disparada para seu quarto e depois de algum tempo todo produzida diz ao irmão.
_ Esta decidido, vem vamos levanta logo dessa cama.
_ Nada disso, não estou com a menor vontade.
_ Henrique Telles Fontinary Levante imediatamente dessa cama e vamos mostrar ao mundo do que somos capazes para sermos felizes.
_ O que?
_ Vou pegar de volta meu boy e você vai pegar o seu!
Henri deixou Clarisse na porta da casa de Bruno e enquanto a garota tocava a campainha o rapaz aparece. Clarisse o abraça e já chorando se beijam imbuído daquela cena romântica de reconciliação Henri se enche de coragem e dirige um pouco mais para frente chegando ao bar do Zé.
Eu estava repondo os copos já limpos atrás do balcão quando vejo o carro de Henrique estacionando bem na porta do bar.
Com uma bermuda preta e de regata cinza exibindo seu corpo masculo, malhado como de costume se aproxima do balcão me fazendo perder o ar Henrique.
_ Henrique o que está fazendo aqui?
_ Preciso falar com você.
_ O que é tão urgente que não pode esperar até mais tarde, se meu pai souber que você…
_ Grande Henrique Telles Fontinary! Que honra é essa recebê-lo em meu humilde bar? Vai me dizer que o Dr. Olavo descobriu que vendo a melhor cachaça da região e pediu uma amostra?
_ Na verdade seu Zé eu vim porque tenho algo muito importante para falar com seu funcionário Toni, tenho certeza que o senhor não vai se importar de eu rouba lo por alguns minutos não é mesmo?
_ Então, seu henrique é que com relação a isso….
Henrique usando seu poder de convencimento ja passa a mão no ombro do proprietário do bar e diz em seu ouvido.
_ Como o senhor ja deve saber meu pai é um grande apreciador da cachaça do alambique “Favo de Mel” e sempre que ele precisa reunir amigos é de la que ele compra a cachaça, ja imaginou meu pai comprando a sua e dizendo aos amigos dele que compra a cachaça do Bar do Zé? Ja imaginou isso?
Os olhos do dono do bar se iluminaram no mesmo momento e ja me mandou tirar de imediato o pano de prato do ombro e seguir Henrique.
_ O que foi Henrique o que você precisa me falar de tão urgente?
_ Sabe o que é Toni, eu preciso muito te falar que… é que a gente sabe? Nós nos conhecemos desde criança e não sei quando mas eu sinto…
_ Não estou entendendo Henri, Você está bem? Parece nervoso, está tremendo, suando, você está passando mal?
Pergunto passando a mão na testa de Henri que segura minha mão em sua bochecha.
_ Estou juntando coragem para te dizer uma coisa, mas estou com medo de perder sua amizade por conta do que preciso te dizer.
_ Qual é Henri, sou eu Toni seu parça, nossa amizade nunca vai se acabar, Estaremos sempre juntos para o que der e vier. Isso é só uma besteira do meu pai é so termos um pouco de calma que tudo voltara ao normal.
_ Jura? Você sempre estará comigo, ao meu lado, não importa o que acontecer?
_ Claro! Mas você esta bem?
_ Melhor impossivel!
Dizendo isso Henri vem andando em minha direção se aproximando cada vez mais perto de mim e isso faz com que eu va andando para trás ate me encostar na parede, chamo o nome de Henri, mas ele parece como que hipnotizado olhando para meus olhos então sem mais ter para onde ir eu coloco minhas mãos no peito de Henri que as segura e as segura contra a parede seu rosto se aproxima ficando a centímetros do meu, seus olhos então mudam de direção e agora focam minha boca e antes que eu possa fazer qualquer coisa sinto aqueles lábios carnudos tocarem os meus, quentes molhados macios.
Continua…
Autor: Mrpr2